Maysa critica Abílio por reunião a céu aberto: “ele não é o Superman”

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou a falta de planejamento da gestão do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), após a ameaça de greve dos servidores da Saúde municipal. Os servidores cogitam paralisar as atividades devido ao corte do adicional de insalubridade, que até então era pago sem critérios claros.

O ajuste da insalubridade é uma exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado ainda na gestão Emanuel Pinheiro (MDB), em 2023. Porém, na época, a Saúde municipal era comandada pela atual secretária de Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, que foi nomeada interventora pelo governo do Estado.

Conforme apontado pelo Ministério Público no TAC, o pagamento tem sido feito sobre o salário atual do servidor, quando deveria estar sendo calculado sobre o salário no início da carreira.

A insalubridade é calculada em três níveis, de acordo com o grau insalubre do ambiente: para os locais mais insalubres, o valor é de 40% do salário base do servidor; 20%, para insalubridade média; e 10%, para insalubridade leve. Contudo, é preciso laudos técnicos para determinar os níveis de insalubridade desses locais.

No entanto, segundo o MP, alguns servidores poderiam estar recebendo como se trabalhassem no nível máximo de insalubridade, embora seus ambientes de trabalho não correspondam a esse nível máximo. Até servidores que trabalham dentro da sede da Secretaria Municipal de Saúde estariam recebendo indevidamente esse adicional.

A vereadora Maysa Leão destacou que o prefeito está em seu décimo mês de gestão e que, enquanto deputado federal, acompanhou a construção do TAC. Ela também criticou o atraso da prefeitura em responder durante a reunião sobre o tema, realizada na sexta-feira (10), na Câmara dos Vereadores. Na reunião, o prefeito disse que não precisaria de mais de 30 dias para encontrar uma solução para o problema.

“Ele é o Superman? Não é. Já está comprovado que não”, disse a vereadora, que também criticou a “reunião” feita a céu aberto, em frente à Prefeitura de Cuiabá, junto com manifestantes. O encontro durou cerca de duas horas. Para Maysa, esses assuntos deveriam ser discutidos no gabinete do gestor.

“A gente está vendo o caos acontecendo em Cuiabá. A gente está vendo reuniões com alterações e com suposições de greve em Cuiabá. E ele desce para resolver questões sérias numa reunião no meio da praça, gritando, quando poderia fazer reuniões sérias, ouvir as pessoas, sair do celular”, disse.

FONTE:ESTADÃO MT

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