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Indígenas bloqueiam BR-158 entre Água Boa e Nova Xavantina e cobram pedágio denunciam motoristas

  • Foto do escritor: MAGAL LOPES
    MAGAL LOPES
  • 7 de out.
  • 2 min de leitura
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Um grupo de indígenas bloqueou na tarde de segunda-feira (6/10) um trecho da BR-158, entre os municípios de Água Boa e Nova Xavantina, no leste de Mato Grosso. A interdição ocorreu nas proximidades da Vila Santa Maria, perto da borracharia Chapéu Preto, em uma área conhecida como Buracai.


Segundo os manifestantes, o ato faz parte da chamada “tradição das cruzes”, um ritual cultural praticado pelos povos indígenas da região. No entanto, motoristas que trafegavam pela rodovia denunciaram que os participantes estariam cobrando R$ 100 para liberar a passagem, o que configura pedágio ilegal.


Relatos de condutores apontam que, mesmo após a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a liberação temporária da via, os indígenas voltaram a interditar a rodovia logo depois da saída dos agentes. O trânsito segue lento e com longas filas, obrigando motoristas a buscarem rotas alternativas, embora poucas opções estejam disponíveis na região.


Caminhoneiros que utilizam a BR-158 para o transporte de grãos e outros produtos agrícolas afirmaram estar enfrentando prejuízos. “A gente entende e respeita a cultura, mas cobrar pedágio é crime. Estamos há horas parados sem nenhuma resposta do governo”, disse um caminhoneiro que preferiu não se identificar.


A PRF confirmou o envio de equipes ao local e informou que continua acompanhando a situação. No entanto, os bloqueios têm sido retomados de forma recorrente após as liberações. Até o momento, nenhum órgão federal, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério Público Federal (MPF) ou a Defensoria Pública da União (DPU), se manifestou sobre o caso ou iniciou mediações.


A BR-158 corta uma das áreas com maior histórico de tensão fundiária do país. Diversas comunidades indígenas da região convivem com a falta de acesso adequado à saúde, educação e infraestrutura, fatores que frequentemente motivam protestos e bloqueios.


Sem uma solução oficial até o momento, o impasse evidencia a dificuldade do Estado em lidar com os conflitos territoriais e culturais que afetam o leste de Mato Grosso.


FONTE:ARAGUAIA NOTÍCIA COM MATO-GROSSENSE

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