'Assassino da UFMT' estuprou e matou outras três mulheres em Cuiabá, diz perícia
- MAGAL LOPES
- 29 de ago.
- 2 min de leitura

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que o homem suspeito de estuprar e matar Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, no campus da UFMT, em 23 de julho, é o mesmo responsável por outros três crimes sexuais ocorridos em Cuiabá entre 2020 e 2022. A descoberta veio após o confronto de perfis genéticos no Banco Nacional de DNA.
No corpo de Solange, os peritos encontraram vestígios biológicos do agressor. O material genético coincidiu com uma bituca de cigarro recolhida no local do crime. O perfil foi então incluído no banco de perfis da Politec, revelando coincidências em três outros casos:
Um estupro seguido de feminicídio em 2020, no bairro Parque Ohara.
Um estupro em 2021, no bairro Tijucal.
Outro estupro em 2022, no bairro Jardim Leblon.
As investigações apontaram que o autor dos crimes já havia sido preso por um dos estupros, o ocorrido no Tijucal, em 2021. Na época, o perfil genético dele foi inserido no banco de dados. Esse material foi decisivo para identificar que se tratava do mesmo agressor que matou Solange.
Segundo a Politec, uma das vítimas já havia denunciado o suspeito no passado. A partir daí, foi possível confrontar novamente os exames anteriores com os novos vestígios coletados. O resultado foi conclusivo: o homem é o autor dos quatro crimes.
A confirmação acende um alerta para o histórico de violência sexual e feminicídios em Cuiabá. Solange foi atacada no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, em plena luz do dia, crime que chocou a comunidade acadêmica e a população. O caso se soma a uma escalada de violência contra mulheres que já vinha sendo investigada.
A Politec destacou que o trabalho técnico de cruzamento de informações só foi possível graças ao banco de DNA, criado justamente para rastrear criminosos reincidentes.
Laudos entregues à polícia
Os laudos finais foram encaminhados na quinta-feira (28) às autoridades que conduzem os inquéritos. Caberá agora à Polícia Civil e ao Ministério Público avançar nos processos contra o suspeito, que já está identificado e possui antecedentes.
O caso reforça a importância das vítimas denunciarem e exigirem coleta de material genético em casos de violência sexual, recurso que tem se mostrado essencial para evitar a impunidade.
FONTE:ESTADÃO MT
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