Uma mulher foi agredida por um policial militar do Paraná durante uma ocorrência de suposta perturbação de sossego na madrugada do último sábado (24), em Itambaracá, cidade do norte do estado com menos de 6.000 habitantes.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que o PM deu tapas e chute, puxou o cabelo e arrastou a mulher no chão.
O caso ocorreu em uma via pública, no centro da cidade, por volta das 3h. No vídeo, é possível ver que dois policiais param a viatura e um deles já chega ao local com uma postura agressiva, com palavrões e xingamentos. “Cala a tua boca. Alguém tá falando com você?”, diz ele, antes de agredir a mulher.
A Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) afirma que ele vai responder a um inquérito policial militar. O prazo de apuração é 60 dias. Ele também foi afastado das ruas e ficará atuando em serviços administrativos.
O nome dele não foi revelado. A Sesp também não informou sobre eventuais providências em relação ao outro policial, que manda a mulher “vazar” após ser agredida.
A vítima falou sobre a violência em entrevista à RPC-TV. “Não dói tanto os machucados, dói mais o que a gente fica na mente, né? Eu nunca passei por uma situação dessa e acho que nunca vou esquecer”, afirmou ela, que preferiu não mostrar o rosto.
Em nota, a Sesp afirmou que foi determinado o “afastamento imediato das ruas tão logo tomou conhecimento” do caso e que “a postura do policial não representa os valores da Polícia Militar do Paraná”.
Após a repercussão do caso, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), também se manifestou através de uma rede social. “Pedi esclarecimentos ao secretário da Segurança, Hudson Teixeira, que mandou afastar imediatamente o policial envolvido numa ocorrência em Itambaracá. No Paraná não vamos ser coniventes com qualquer abuso de autoridade”, escreveu ele.
FOLHA DE SÃO PAULO
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