Nem zoológico, nem Bioparque: onça que matou caseiro vai para instituto de São Paulo
- MAGAL LOPES
- 16 de mai.
- 2 min de leitura

Após 21 dias de tratamento no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande, a onça que atacou o caseiro no Pantanal de Aquidauana, Jorge Ávalo, de 60 anos, foi transferida para o Instituto Amparo Animal, no município de Amparo, em São Paulo.
O instituto é uma ONG sem fins lucrativos e 100% brasileira, fundada e dirigida por mulheres visionárias desde 2010. Além disso, a unidade já abriga cinco onças-pintadas e três onças-pardas. Este projeto visa, acima de tudo, promover o bem-estar e oferecer qualidade de vida para esses majestosos animais que foram condenados ao cativeiro.
Para manter o projeto, a entidade realiza arrecadações de doações e "apadrinha onças". O projeto ainda busca soluções para a proteção das onças-pintadas no Pantanal, que sofrem com ameaças e conflitos como a caça por retaliação.
Onça ganhou 13 kg
Conforme o Governo de Mato Grosso do Sul, o macho adulto passou de 94 kg para 107 kg quando deixou o CRAS, na quinta-feira (15) Foram três semanas de tratamento após ser captura na região de Touro Morto, no Pantanal.
A veterinária Aline Duarte, gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS, explica que o resultado dos exames indicou a necessidade do suporte nutricional e de hidratação. Ele chegou desidratado e abaixo do peso.
"Os primeiros exames deram algumas alterações que eram agudas, mas que ao longo do período foi se tornando estável. O animal ganhou bastante peso, de forma geral evoluiu bem, devido a uma rotina de alimentação. É um animal carnívoro, então a base da alimentação dele era a carne, e também a gente dava algumas suplementações de tratamento, medicamento, um hepatoprotetor por causa do fígado, mas não tinha nenhum problema de saúde grave"
Onça ganhou peso (Saul Schramm, Secom)
Novo "lar"
O veterinário e responsável técnico da Ampara Silvestre, Jorge Salomão, explicou que o espaço não tem qualquer tipo de visitação, com foco no bem-estar e qualidade de vida dos animais.
"Os nossos recintos são todos muito grandes, com grotões de mata nativa, cercados. São o mais próximo possível do que o animal iria encontrar em vida livre. A gente tem recintos a partir de mil metros quadrados, até o maior de que quase seis mil metros quadrados. Recebemos animais que não podem voltar para a vida livre, por diversos motivos, cada um com o seu motivo específico".
FONTE:MÍDIA MAX
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