
Eliziane Martins de Oliveira, de 24 anos, não resistiu aos ferimentos causados por queimaduras e faleceu na noite desta segunda-feira (10), no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A jovem foi internada após seu ex-companheiro, de forma proposital, explodir um botijão de gás dentro de casa na noite de domingo (9), em Nova Ubiratã, a 502 km ao norte de Cuiabá. A tragédia ocorreu em um contexto de violência doméstica, no qual a vítima já havia sido ameaçada de morte pelo agressor.
O incidente aconteceu por volta das 18h30 de domingo, quando Eliziane enviou mensagens e ligações para uma testemunha, pedindo socorro e informando sua localização. Ao chegar ao local, uma quitinete, a testemunha ouviu a explosão e encontrou Eliziane gravemente ferida, com queimaduras severas por todo o corpo. A vítima foi socorrida e levada inicialmente para um hospital local, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o HMC em Cuiabá, onde veio a falecer.
O agressor, que também sofreu queimaduras graves, foi socorrido e permanece internado. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que já acionou a equipe da Delegacia de Homicídios para atender a ocorrência e providenciar a liberação do corpo de Eliziane. Segundo o registro policial, a jovem vinha sendo vítima de violência doméstica e ameaças constantes por parte do ex-companheiro, o que culminou no trágico incidente.
A violência doméstica é uma realidade alarmante em Mato Grosso e no Brasil. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, em 2023, foram registrados 4.732 casos de violência doméstica no estado, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Além disso, 52 mulheres foram assassinadas em contexto de violência doméstica, evidenciando a gravidade da situação. O estado possui mecanismos de proteção, como medidas protetivas e delegacias especializadas, mas os números mostram que ainda há muito a ser feito para proteger as vítimas e prevenir tais crimes.
A morte de Eliziane Martins de Oliveira é mais um triste exemplo da necessidade urgente de ações efetivas contra a violência doméstica. A sociedade e as autoridades precisam estar unidas para combater esse tipo de crime e garantir a segurança e a dignidade das mulheres. O caso de Eliziane deve servir como um alerta para a importância de denunciar e buscar ajuda antes que seja tarde demais. A comunidade de Nova Ubiratã está abalada com o ocorrido, e espera-se que a justiça seja feita para punir o responsável e evitar novas tragédias.
O agressor, identificado apenas pelas iniciais, segue internado sob custódia policial. A Polícia Civil continua a investigação para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que o responsável seja devidamente punido. As medidas tomadas contra ele serão acompanhadas de perto pela Delegacia de Homicídios, que tem intensificado suas ações no combate à violência doméstica. A comunidade espera que a morte de Eliziane não seja em vão e que sirva como um catalisador para mudanças significativas na proteção das vítimas de violência doméstica.
Em Mato Grosso, o combate à violência doméstica tem sido uma prioridade, com campanhas de conscientização e a criação de redes de apoio às vítimas. No entanto, a eficácia dessas iniciativas ainda enfrenta desafios significativos. É crucial que o poder público, juntamente com organizações da sociedade civil, continue a desenvolver estratégias para prevenir a violência e oferecer suporte adequado às vítimas. A tragédia que levou à morte de Eliziane destaca a necessidade de um comprometimento contínuo e eficaz para combater esse problema sistêmico.
MT NOTÍCIA
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