A Polícia Militar prendeu um homem suspeito de manter uma jovem em cárcere privado, em Goiânia. À Polícia Militar, a jovem contou que era proibida de sair de casa pelo companheiro há cerca de 9 meses, durante todo o período de sua gestação.
"O máximo que eu podia era sair na varanda de casa. Era dali para trás", disse a jovem.
“Eu não tinha a cópia da chave dos portões da casa, porque ele não gostava que eu saía, nem ao menos para ir ao supermercado", complementou.
O resgate aconteceu na quinta-feira (29), no Setor Santos Dumont. Como o nome do suspeito não foi localizado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Segundo a polícia, além de ser mantida em cárcere, a jovem também sofria ameaças e lesões corporais.
Ao g1, a comandante do Batalhão Maria da Penha, da Polícia Militar, Dyrlene Seixas, explicou que a mulher conseguiu denunciar o caso depois que o companheiro dormiu.
“Ela usou o celular dele para ligar para o Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres (Nudem) da Defensoria Pública. Ela tinha o telefone deles e fez a denúncia. O NUDEM acionou o Batalhão Maria da Penha, que realizou a averiguação da denúncia”, explicou a comandante.
A Polícia Militar apreendeu duas facas durante a prisão do suspeito. Segundo a jovem, essas facas foram usadas para ameaçá-la depois que a polícia foi acionada.
"Ele utilizou uma dessas facas [apreendidas] para me ameaçar quando a polícia foi acionada. Ele utilizou a faca para me inibir de conversar com os policiais", explicou a jovem.
Ela ainda contou que o contato com os familiares também era restrito.
"Ele não gostava visitar tanto a minha mãe, quanto a minha irmã, e muito menos levar o bebê, o nosso filho. Meu celular, ele tinha acesso total de todas as minhas redes sociais, então eu não podia conversar livremente com minha família. Ele controlava as mensagens", acrescentou.
Fonte: G1
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