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Foto do escritorMAGAL LOPES

DENTISTA PROÍBIDO DE ATENDER DEPOIS DE PACIENTE PERDER PARTE DO NARIZ E PRESO LOGO APÓS FAZER ATENDIMENTO EM CONSULTÓRIO

O dentista Igor Leonardo Soares Nascimento foi preso pela Polícia Civil. Ele foi proibido de atender por decisão judicial depois de uma paciente perder parte do nariz. Segundo o delegado Igomar de Souza, o dentista foi preso em flagrante enquanto fazia procedimentos de forma clandestina em um consultório com as portas fechadas.

“Recebemos a notícia que ele estava atuando como odontólogo na área de estética de forma clandestina. A partir daí iniciamos investigações e flagramos o mesmo realizando procedimento estético. Foi dada voz de prisão e [ele] foi conduzido à delegacia", explicou o delegado.

A prisão aconteceu na segunda-feira (25), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O g1 entrou em contato com a defesa do suspeito, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O dentista foi preso pelos seguintes crimes:

Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica;

Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito;

Crimes contra relação de consumo de: (1) executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente; (2) induzir o consumidor ou usuário a erro.

*Prisão em flagrante*

De acordo com a Polícia Civil, o dentista foi flagrado logo depois de realizar um procedimento estético em uma paciente. De acordo com a Polícia Civil, durante esse procedimento, Igor teria aplicado uma substância de uso proibido para fins estéticos nos termos da portaria da Anvisa, conhecido por PMMA (polimetilmetacrilato).

O delegado detalhou que a paciente não sabia que a substância PMMA estava sendo utilizada nela, acreditando que seria ácido hialurônico.

*Exercício ilegal da medicina*

Um dos casos que levou ao indiciamento de Igor Leonardo Soares Nascimento por exercício ilegal da medicina e lesão corporal foi o da paciente Elielma Carvalho Braga. Ela fez uma cirurgia chamada alectomia em junho de 2020 após ver anúncios do dentista na internet.

A alectomia é usada para reduzir as asas nasais e afinar o nariz e não pode ser feita por dentistas. Inicialmente, Elielma acreditou que o procedimento tinha dado certo, mas nos dias seguintes, ela começou a sentir fortes dores e alterações no rosto. A vítima precisou fazer diversas cirurgias para reconstrução e ficou com cicatrizes.

“Meu rosto começou a queimar. No outro dia ficou cheio de bolha, como se fosse queimadura”, contou.

Em julho de 2022, Elielma decidiu denunciar o caso publicamente. Ela teve uma necrose no lado direito do nariz. Após perder parte da pele, precisou fazer mais de dez cirurgias e ficou com cicatrizes, abalando sua autoestima.

“Eu tenho vergonha, porque a gente faz uma coisa para melhorar um pouco e a pessoa faz isso. Ele destruiu minha autoestima. Eu choro, não é fácil o que eu vivo hoje”, disse ao g1 na época.


Fonte: G1

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