Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, coronel da reserva remunerada do Exército Brasileiro (EB), foi preso na manhã desta segunda-feira (15), em Belo Horizonte, por suspeita de ter financiado o assassinato do advogado Roberto Zempieri, no mês dezembro, em Cuiabá.
O militar vai ser ouvido ainda nesta segunda e deve ser transferido para Cuiabá. Uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), coordenada pelo delegado Nilson Farias, está na capital mineira para acompanhar o caso.
"Cumprimos buscas e apreensões, efetuamos a prisão temporária desses suspeito e em breve podemos concluir o inquérito policial", explicou o delegado sobre a ação desta segunda-feira.
O mandado de prisão foi cumprido na casa do militar.
Com a prisão do coronel, já são quatro os presos pela morte de Zampieri, que teve como motivação uma briga judicial envolvendo disputa de terras. A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo foi apontada como mandante do crime. Antônio Gomes da Silva foi identificado como o autor dos disparos contra o jurista, enquanto Hedilerson Martins Barbosa foi o intermediador entre os envolvidos.
No sábado (23), os investigados por matar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, foram transferidos para Cuiabá. O autor dos disparos, o intermediário e a mandante do crime, foram transportados em aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública (Ciopaer).
Os três presos foram escoltados por equipes da Polícia Civil até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para os registros necessários na investigação e requisição de exames de corpo de delito.
Após os exames, os dois homens serão encaminhados à Penitenciária Central do Estado (PCE) e a mulher à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá.
Todos os presos passaram por audiência de custódia na Justiça de Minas Gerais e tiveram as transferências para Mato Grosso autorizadas.
Prisões
O autor dos disparos contra o advogado foi preso na quarta-feira (20), em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, com apoio do Departamento Estadual de Homicídios. Ele foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá.
Segundo o delegado, o homem confessou que atirou contra o advogado, que morreu após ser baleado com pelo menos 10 tiros dentro do próprio carro, em frente ao escritório onde trabalhava.
A empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo, de Patos de Minas, também foi presa na quarta-feira (20) suspeita de ser a mandante do crime.
Já o terceiro envolvido, que seria o intermediário entre a empresária e o atirador, foi preso na sexta-feira (22). Ele é apontado como o responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.
As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o atirador pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime.
O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.
J1 AGORA
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