A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Polícia de General Carneiro, deflagra a Operação Aletheia nesta sexta-feira (20/12) para combater crimes de corrupção passiva e fraudes
- MAGAL LOPES
- 20 de dez. de 2024
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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Polícia de General Carneiro, deflagra a Operação Aletheia nesta sexta-feira (20/12) para combater crimes de corrupção passiva e fraudes em licitação relacionadas à realização de um concurso público na Câmara Municipal de General Carneiro. Estão sendo cumpridas:
5 ordens de Buscas e apreensões; 5 ordens de prisões; 5 ordens de quebras de sigilo bancário; 5 ordens de sequestros em contas bancárias; 5 ordens de quebras de sigilo fiscal; 5 ordens de quebras de sigilos telefônicos; 2 ordens de suspensões de atividades de empresas e 2 ordens de cautelares diversas de suspensão de atos de convocação, nomeações e posse de candidatos no concurso. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Barra do Garças, General Carneiro, Lambari do Oeste, Rio Branco, Cáceres e Cuiabá.
Irregularidades Apontadas
As investigações tiveram início a partir de uma denúncia encaminhada pela Polícia Federal em Barra do Garças, que indicava indícios de favorecimento no concurso público nº 01/2024 da Câmara Municipal de General Carneiro. O certame, conduzido por uma empresa contratada sem licitação, teria sido manipulado para beneficiar candidatos com vínculos pessoais e políticos com membros da Câmara.
De acordo com os autos, a empresa responsável pela organização do concurso, cuja atividade principal (Engenharia Civil) não está relacionada à realização de concursos públicos, foi contratada por dispensa de licitação por R$ 32.000,00. Além disso, documentos apontam que dois candidatos aprovados em cargos de destaque possuem vínculos diretos com a gestão da Câmara. Um deles é o atual secretário municipal, enquanto o outro é tesoureiro da Casa Legislativa.
Reuniões e Denúncias
As investigações também revelaram a realização de reuniões entre membros da Câmara e representantes da empresa contratada, nas quais discutiam-se estratégias para beneficiar servidores já empregados na Câmara em troca de apoio político. A homologação do concurso gerou repercussão na cidade, com denúncias públicas e matérias jornalísticas que expuseram as supostas irregularidades.
Polícia Civil
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