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3 dos 11 corpos achados em cemitério clandestino são identificados; veja nomes e as histórias

  • Foto do escritor: MAGAL LOPES
    MAGAL LOPES
  • 12 de jan.
  • 3 min de leitura

Terminaram as buscas por corpos no cemitério clandestino do Comando Vermelho em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá). Do total de 11 vítimas, 3 já foram identificadas.


Ao GD, o delegado Allan Vitor Sousa da Mata confirmou que os trabalhos na área foram encerrados no final da tarde de sábado (11). Agora, a Perícia Oficial e de Identificação Técnica (Politec), segue no caso para identificar as vítimas.


Das 11 vítimas, 6 estavam em estágio de decomposição e outras 5 foram encontradas apenas ossadas. Três delas já foram identificadas, veja abaixo quem são e a história dos sequestros realizados por faccionados do Comando Vermelho (CV).


Rafael Pereira de Souza


Rafael, de 34 anos, foi o primeiro a ser identificado. Ele era natural de Rondonópolis e foi sequestrado em uma casa de Lucas do Rio Verde, no dia 1º de janeiro, por volta das 22h.


Conforme relatado à polícia, no dia, ao menos 3 homens encapuzados e armados invadiram a casa da vítima. Ele era usuário de drogas e os suspeitos queriam saber de quem ele comprava.


Depois, Rafael foi levado até um carro cinza e desde então estava desaparecido.


Andris David Mattey Nadales


Venezuelano de 19 anos, Andris foi sequestrado na madrugada de terça-feira (7), 3 dias antes do cemitério ser localizado na cidade. Ele estava hospedado no Hotel Global, que fica no Telesse Junior, mesma área de onde o cemitério estava.


Conforme apurado pela reportagem, Polícia Militar foi acionada por volta das 3h15. Dois suspeitos armados chegaram no local, pegaram a vítima e saíram por rumo ignorado.


Um dos suspeitos do crime é Thaylon Corrêa de Andrade, morto durante um confronto com a PM na noite de quinta-feira (9). O comparsa dele, que aparece nas imagens, foi preso. David estava há poucos dias hospedado no hotel.


Wilner Alex de Oliveira Silva


A terceira vítima é Wilner, de 29 anos. Ele foi sequestrado por volta das 17h do dia 27 de dezembro de 2024, no bairro Cerrado, em Lucas.


Vítima estava em casa com a namorada e o filho de 1 ano quando 3 homens bateram no portão, o chamando pelo nome. Em seguida, ele foi colocado a força em um carro branco.


Um dos suspeitos, encapuzado, ficou na casa da vítima até o final da noite. Depois disso, a família não teve mais notícias dele.


Ajuda para Identificação


A Politec orienta aos familiares de pessoas desaparecidas em Lucas do Rio Verde e região para que compareçam em uma das unidades de Medicina Legal do Estado para a coleta de material genético para o confronto genético com as amostras biológicas das vítimas encontradas no cemitério clandestino do município.


Caso a pessoa desaparecida tenha realizado algum tratamento dentário, é aconselhável que a família obtenha com os dentistas o prontuário odontológico da vítima, especialmente exames de imagem (radiografias e tomografias, por exemplo) e os forneçam ao IML.


Para a doação do material genético é necessário que o grau de parentesco dos familiares do desaparecido seja de grau ascendente (pai, mãe, filho, ou mais de um irmão).


A coleta é simples e indolor, com uma espécie de cotonete, que é passado na parte interna das bochechas da pessoa. Os materiais biológicos coletados serão processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no laboratório forense da capital.


Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, os peritos informarão a unidade de Medicina Legal de Lucas do Rio Verde, que entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais de liberação da unidade.


Yuri Ramires/ GD

 
 
 

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